segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Lixo eleitoral



Passei a semana e meia anterior às eleições sem recusar os papéis de políticos que me entregavam pelo caminho. Juntei este tanto aí. Confesso que acreditava que juntaria mais. No meio do monte de folhetos simples, consegui duas Manuelas, um jornal, um adesivo e muitas coisas repetidas que me entregavam de dois e três duma vez.

Tudo isso e mais aqueles tapetes que encontramos na entradas dos colégios formam um lixo eleitoral (achavam que eu estava falando dos políticos, né?). Encontrei papéis até do PV! E só um era reciclado.

Falaram que ontem era a "festa da democracia". Mas, não é muita democracia quando a gente é obrigado a votar, quando os votos nulos e brancos não são válidos, quando as pessoas são convocadas pra serem mesárias.

Enfim, o segundo turno desta democracia vem aí pra fazer mais filas de pessoas que não sabem o que querem.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Botei um ovo em pé

Tudo culpa do equinócio. A sabedoria chinesa já sabia disso há muuuuito tempo, mas eu só descobri ontem, através da Natacha. Estudo mais recentes confirmaram que durante uma semana antes e uma semana após os equinócios (quando se passa para a primavera e para o outono) a Terra está em equilíbrio e é possível deixar os ovos em pé sem grandes dificuldades. É nessa época do ano, também, que os dias e as noites têm o mesmo tamanho. Daí, eu tentei. E consegui! Olha só:





Essa foto abaixo é da Natacha (que também botou ovos em pé):



Não é truque. Pode tentar em casa. Mas, tem que ser rápido, porque o equinócio foi dia 23. Vou ensinar (as instruções são do site www.insite.com.br/rodrigo/misc/ovoempe/):
1. Pegue um ou mais OVOS. Gelados ou não; não importa.
2. Verifique se não há nenhuma saliência na parte bojuda do OVO, que será a parte sobre a qual ele se equilibrará. Se houver, selecione outro.
3. Escolha o local para realizar a façanha. Não importa o material da superfície. Aliás, quanto mais lisa, maior será o efeito do fenômeno. O único requisito é que seja plana, e não esteja sujeita a choques ou interferências externas (ventos, esbarrões, empregadas, crianças e outros animais domésticos). – Adorei a parte dos “outros animais domésticos”
4. A melhor técnica para equilibrar OVOS é segurá-lo na parte mais fina e apoiar a base na mesa. Tente mudar de posição caso não consiga.
5. Não entre em pânico. A média de tempo para equilibrar-se um OVO, em pessoas com habilidade manual normal, é de dois minutos. Alguns não conseguem equilibrá-lo de forma alguma, outras conseguem em tempo mínimo, quase que intuitivamente. Se não conseguir chame outra pessoa mais calma e depois que ela parar de rir da sua cara, peça a ela que tente.
6. Obtendo sucesso, junte o maior número de testemunhas oculares quanto seja possível e, se possível, perpetue-o com um registro durável (fotografia, vídeo ou pintura). Faça isto, pois, além de você não conseguir fazer de novo tal proeza em outra época, ninguém vai acreditar que você realmente conseguiu.
7. Após efetivar a experiência, divulgue-a a todas as pessoas que encontrar pela frente. Comunique também a todos o evento e seu sucesso (ou fracasso, se bem que seja raro)! – É o que eu estou fazendo. =D Além de trazer cultura para o povo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Expressão



Não tinha dia triste
nem falta de esperança.
Sempre era sorriso,
sempre, carinho.
Amor bom.
O futuro era bonito
nos sonhos coloridos,
na alma juvenil.
Tudo era tão sincero,
e não havia maldade.
Energia altruísta.
Muita, muita vontade.
O bicho era mais forte.
Restou no peito saudade.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Andando de ônibus

Quem anda de ônibus já conheceu uma renca de cobradores. Nestes últiimos dias, me peguei pensando nos que eu conheci. Alguns, não ocupam espaço na minha memória. Já outros foram muito marcantes.

Tinha o cobrador do ônibus que eu pegava pra ir pro curso técnico. Ele era bem simpático e a gente ia conversando a viagem inteira (uns 15 minutos, no máximo). Ano passado eu passei por ele na rua; acho até que ele me reconheceu.
Uma das vezes que eu me perdi em Porto Alegre, tive a sorte de encontrar uma cobradora muito simpática. Ela me deixou ficar no ônibus pra viagem de volta e deu risada comigo. Na saída, ainda tirou uma onda com a minha cara: "Te informa bem de que lado tu tem que pegar o trem". Eu ri.

O cobrador do ônibus que eu pego pra ir para o trabalho atualmente dá bom dia pra todo mundo. Bem simpático ele. Quando a gente responde ele até pergunta "tudo bem?". Ele conversa com as pessoas, se diverte enquanto trabalha. Só não converso com ele porque me tornei um pouco tímida para essas relações sociais e porque a essa hora da manhã ainda sou meio zumbi. Mesmo assim, o bom humor do cobrador faz a gente se sentir um pouco melhor. Parece que o clima do ônibus muda de acordo com o cobrador e o motorista.

Em compensação, lembro de um cobrador que era exatamente o oposto. Eu entrei na condução, disse "oi" enquanto passava a roleta e pagava a passagem e recebi de volta só um murmúrio. Tudo bem, a pessoa não tem a obrigação de estar de bom humor. Problema era que eu não sabia onde tinha que descer, ou seja, precisava pedir para ele me avisar. Pedi. Ele respondeu: "Se eu lembrar, eu aviso". Não lembrou. Mas, eu descobri onde tinha que descer.

Esses são apenas alguns que eu achei que mereciam destaque. Agora, dá uma olhada no cobrador desta reportagem. Bem legal a ideia. Cada um faz o que pode para melhorar seu ambiente de trabalho, né?

Fica aqui minha homenagem aos cobradores simpáticos que fazem a nossa rotina menos ruim.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quando o segundo arco-íris chegar...




Minha mesa fica ao lado da janela, no terceiro andar. Foi dali que minha colega viu o arco-íris hoje de manhã e me avisou. Ele foi aparecendo, cada vez mais brilhante no céu. De vez em quando, eu olhava um pouquinho pra ele, só pra me sentir mais feliz.

Numa destas vezes, vi que a "ponta" dele caía atrás de um prédio. Parecia que ia colorir todo o morro. Foi quando eu percebi o segundo arco-íris ao lado. Saquei a câmera (que não é das melhores, diga-se de passagem) e tirei a foto com o braço esticado pra fora da janela. Ao vivo, obviamente, era bem mais bonito (e visível).

Segundo fontes confiáveis (meu pai e minha tia), lá onde Judas perdeu as botas no interior de Canguçu este fenômeno é conhecido como "arco da velha e arco do velho". "Arco da velha" é outra forma de chamar o arco-íris.

Viu? Meu blog também é cultura.

sábado, 3 de julho de 2010

Fermina Daza

“Impressionaram-na sua simplicidade e sua seriedade, e a raiva cultivada com tanto amor durante tantos dias se apaziguou de pronto.”

Gabriel García Márquez – O amor nos tempos do cólera