segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ele era mortal!


Tudo bem que já faz uns dias, mas ainda não me caiu a ficha direito (aliás, tem muitas fichas demorando pra cair...). Foi só quando me disseram que o Michael Jackson morreu que eu percebi que ele era mortal. Eu nunca tinha parado pra pensar nisso. Não que não fosse óbvio, afinal ele também era humano. Era, não era?
Coincidentemente (ou não), meu aniversário foi dois dias depois da morte do rei do pop. O que uma coisa tem a ver com a outra? Nada, só que eu cheguei mais perto da morte. Daí, eu lembrei de uma pergunta que me fizeram quando eu completei 15 ou 18 anos (nunca lembro, só sei que era uma idade marcante socialmente):
- Como tu estás te sentindo mais velha?
E eu pensei:
- Igual. Por que eu me sentiria diferente?
Eu pensei que a gente não sente que está ficando mais velho em uma determinada data do ano. Afinal, no nosso aniversário a gente é só um dia mais velho do que no dia anterior. Só temos que decorar o número novo. Tem outras coisas que fazem a gente se sentir velho, como ver que muitas pessoas que a gente conhece são bem mais novas que a gente. Ou, que a gente conhecia uma criança que agora está na adolescência.
No fim, a gente está mais perto da morte a todo instante. Só que tem vezes que a gente percebe mais.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Página em branco

Acho que todo mundo que costuma escrever passa por isso um dia. Mesmo assim, é uma sensação muito ruim. A folha está ali, te encara desafiadoramente, e nada. Eu chego até a pegar a caneta na mão, mas não aparece nada na folha.
O pior é que agora não é por falta de fatos diferentes ou interessantes. É que eu não consigo terminar o raciocínio ou tirar alguma coisa dali.
O blog do artigo (artigodaruiva.blogspot.com) já está parado há um mês, e não é por falta de assunto, porque já fiz muitas coisas neste tempo.
Só que na hora de escrever, não sai. Empaca e não quer andar. Que coisinha mais chata.
Ao menos, eu notei que não é só comigo que isso está acontecendo. Tem vários outros blogs que eu acompanho que estão desatualizados, ou são atualizados com intervalos maiores.
Claro, estou excluindo a possibilidade de as pessoas não escreverem por falta de ideias, não porque tem mais o que fazer.
Eu tento ler os outros blogs pra ver se tenho alguma ideia bacana, mas não me inspiro muito. Não sei porque. E o pouco que me inspiro, logo morre e, mais uma vez, a folha fica em branco.
Tomara que seja só uma fase.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Já faz um ano

Ontem, completou um ano da morte do Thiago. Às vezes, eu fico imaginando como seria se ele ainda estudasse com a gente e tocasse violão. Será que ele já estaria terminando a faculdade também?
Estes dias, encontrei um rascunho que eu escrevi já faz um bom tempo. É este aí:

"Tenho visto seu rosto em muitos lugares. Engraçado, porque isso aconteceu apenas algumas vezes logo que você se foi.
As pessoas têm falado de ti. As mesmas perguntas estão por aí, esperando novas respostas. Respondo. Mas, nem eu tenho certeza do que dizer.
Vejo que o importante não é mais como você se foi, mas que você foi.
Sei, não deveria mais remoer coisas assim, mas precisava falar esta saudade. Espero que estejas bem.
Sei lá! Acho até legal te encontrar, assim, por vezes. Faz a gente não esquecer."

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Greve da Trensurb



Precisei dar uma paradinha pra colocar esta foto que eu tirei no primeiro trem do fim do dia.
Pra esclarecer: a Trensurb entrou em greve. Eles estão trabalhando só em horário de pico: Das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30.
Esta foto é do trem das 17h30, lotadinho. Quem passa mal, nem consegue cair.

terça-feira, 2 de junho de 2009

[sem título]

Hoje, tinha uma criança no trem
brincando e comendo cachorro-quente.
Hoje, tinha uma criança no trem
olhando pela janela e apontando as coisas que passavam.
Hoje, tinha uma criança no trem
de família pobre e com um sorriso no rosto.
Hoje, tinha uma criança no trem
conversando e descobrindo o mundo.
Hoje, tinha uma criança no trem
de capuz, sentada no colo do pai.
Hoje, tinha uma criança no trem
com o rosto sujo e os olhos brilhantes.
Hoje, tinha uma criança no trem
que contava histórias e fazia perguntas.
Hoje, tinha uma criança no trem.