quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Resoluções do novo ano


Para este ano, eu resolvi:

> Escrever mais;
> Ser menos mala;
> Ler mais;
> Beber menos;
> Estudar;
> Rir muito.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Dos olhos e das bocas

São tantos estes olhos
que enxergam só defeitos,
que olham invejosos
decisões simples feitas.

São tantas estas bocas
que sussurram aos ouvidos
partes de nossas vidas,
mentiras doidas, varridas.

São tantos estes corpos
que se esquivam pelos cantos.
São tantas as gargantas
que escondem tantos prantos.

Se encontram os olhares,
os prantos e os sussurros.
Caminham entre a gente
sem parar, sem parar...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Do sem medo

Agora, está tudo mais calmo. As últimas semanas foram bem corridas e não deu pra escrever. Participei de uma oficina bacana e surgiu este texto no final.

Dos corpos que se tocam e das mentes vazias. O aquecer a seu modo, as particularidades contidas no espaço. Das vidas entrelaçadas pelos braços e pernas presentes. Pelo não pensar e o estar presente. Dos deuses e deusas das vidas em nós. Do dentro e do dentro. Do contato e do sem medo. Do outro e de nós. Do céu e o cosmo a presença presente. Pela voz e pelo corpo sai a alma e aflora. Encontra outras almas no espaço. Do estar aqui somente e esquecer-se do lá fora. Da paz, do nosso, da calma. Do corpo do outro. Do corpo meu. Do meu presente presente. Dos corpos que se olham e dos que não se encontram. Das barreiras e dos pensamentos. Das mãos e do calor. Do que é e vier ser o que será aqui.

Digo que surgiu porque quando eu vi estava na folha. Prestando atenção agora, percebi algumas rimas e alguns ritmos que surgiram.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Companheiro

Essa é do caderno. Ano: 2007.

Vou desenhando as palavras
à medida que vêm a mente.
Vou juntando as letras...
escrevendo somente.

Frase lado a lado.
Uma ideia aparece.
O lápis é quem comanda
e o texto acontece.

Minha caligrafia infantil
em sintonia com o pensamento,
encontra os meus medos,
revela um sentimento.

Escrevo um desabafo,
descarrego da alma.
O caderno me escuta,
me entende, me acalma.

Cada palavra que brota
é uma lágrima
que não mais cairá.
E cada texto que surge
é uma carga
que não mais pesará.