sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Flores vividas



Meu nariz me alerta do início da primavera. Não tanto pelo doce aroma das flores desabrochando, mas pelos espirros que me causam.
Depois de todos os dias gélidos aqui do sul, quando eu encontrava apenas muitas folhas mortas pelas calçadas (quando estavam lá), vejo agora flores por todos os cantos. Amarelas, vermelhas, rosas, brancas, lilases, pequenas, grandes, penduradas em árvores, cobrindo um campo ou surgindo no meio das pedras, elas esão aí, pela cidade cinza, lembrando que a vida pede cor.
Esta é a época do ano que eu mais gosto, porque parece que as coisas começam a se resolver, parece que o mundo sorri mais pra mim. Vai ver, sou eu que sorrio mais pra ele. Mas, o meu nariz sofre. Aliás, não apenas ele, mas os olhos, os ouvidos... resumindo: EU!
Olha, tem dias que dá vontade de me espichar na grama e escutar os passarinhos. O problema é que eu preciso das minhas drogas (leia-se Claritin) pra me relacionar com a natureza. Como eu não quero ficar tomando remédio pra tudo, puxo um rolo de papel higiênico e aguento firme.
Preciso esquecer um pouco destes inconvenientes e aproveitar mais a primavera.

2 comentários:

Yell. disse...

Primavera tem todo ano... quero ver é aproveitar os orquidários! Fui em um uma vez e quase saí de lá sem um dos olhos...

CarolBorne disse...

"elas esão aí, pela cidade cinza, lembrando que a vida pede cor".
Cara, essa frase mexeu com minhas entranhas...

Sabe que depois de velha os inconvenientes alérgicos me abandonaram? Sou mais feliz agora, eu e meu nariz.