quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Tem uma goiabeira na minha rua
Verão tem cheiro de goiaba madurinha, caindo do pé.
Quando a gente passa, sente o cheiro doce e ouve os passarinhos que ficam por perto.
Passam uns dias, e as goiabas vão apodrecendo, mudando de cheiro. E outras caem do pé mudando o cheiro pra doce de novo.
Quanto mais o tempo passa, mais frutas ficam no chão e menos no pé.
E o verão vai sumindo com o cheiro de goiaba.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
E no dia de São Valentim...
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Horácio
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Sabe aquele sonho maluco?
Às vezes, eu tenho sonhos malucos. Sério. Já me disseram pra escrever minicontos baseados neles.
Outra coisa: volta e meia eu sonho que estou voando. É tri bom.
Agora, olha só o que eu sonhei esses dias:
Eu estava no colégio em que terminei o Ensino Médio. Não sei se estava estudando lá ou só visitando, mas isso não faz diferença. O caso é que eu fui descer uma escada rolante (não tem nenhuma escada rolante lá, que fique claro) e olhei para um cara que estava ao lado, sentado num sofá, amarrando o braço com um cadarço. Olhei de novo pra ele. Ele estava injetando drogas. Desci o mais rápido possível sem olhar pra trás.
Certa de que ele estava me seguindo saí correndo pelo portão e fugi voando pela cidade. Eu fazia um baita esforço e mal saía do lugar (outra coisa que acontece muito nos meus sonhos, como aquele que a minha irmã soltou dois pit bulls atrás de mim pela casa).
Daí, eu acordei. Acho que eu acordo quando os sonhos começam a ficar absurdos de mais. Que nem o sonho dos jacarés.
Neste, eu e uns amigos (não me pergunte quais) estávamos entrando numa piscina. Eu olhei pra baixo e vi a sombra de um jacaré passando (porque jacarés adoram nadar no fundo de piscinas). Eu me apressei em dizer pra todo mundo sair da piscina. Tinha uns 5 jacarés.
Quando eu estava saindo, o jacaré falou (pausa dramática):
- Podem entrar que a gente já está saindo.
Não sei por quê, mas eu não confiei muito nele...
Acordei.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
A cor da chuva
A chuva mais linda que já se viu;
caiu em riscos amarelos
e formou um tapete macio.
O maior tapete que já existiu;
cobria a rua de um lado ao outro,
por todo o comprimento.
A rua mais serena que já andei;
O caminho mais tranquilo que percorri.
Uma ilha de paz na cidade grande.
caiu em riscos amarelos
e formou um tapete macio.
O maior tapete que já existiu;
cobria a rua de um lado ao outro,
por todo o comprimento.
A rua mais serena que já andei;
O caminho mais tranquilo que percorri.
Uma ilha de paz na cidade grande.
domingo, 28 de agosto de 2011
Pérolas do Telemarketing
Enquanto algumas pessoas ficam brabas e xingam, eu me divirto com o telemarketing e atendimento ao cliente. Fora aquela do atendente pedindo pra falar com a minha mãe ou meu pai, eis algumas situações (talvez, não exatamente com essas palavras):
Situação 01 - Eu era cliente da Vivo e tinha um celular pré-pago. No auge dos meus 18 anos, com um salário de primeiro estágio, passava mais tempo sem créditos do que com.
Atendente: Nós temos aqui no sistema que você é cliente da Vivo.
Eu: Sim.
A: Então, a Claro está com uma promoção de um plano qualquer coisa, blá blá blá. Quantos reais você coloca por mês no seu celular?
Eu: ... uns 15 reais a cada três meses (tempo das vacas magras)...
A: Uhum. Bom, a Claro agradece a sua atenção. Bom dia.
Nunca mais me ligaram.
Situação 2 - Perdi meu celular (ok, também não sou muito inteligente) e liguei para a operadora (na época, Vivo) para fazer o cancelamento/suspensão da linha.
Eu: Eu perdi meu celular. Quero cancelar a linha pra ninguém usar (egoísta).
A: Só um momento... Ok, já está no sistema.
Eu: Depois, quando eu tiver um celular novo, consigo ficar com o mesmo número.
A: O celular é de chip?
Eu: Sim, m...
A: Então, é só colocar o chip no aparelho novo.
Tá, ela logo se deu conta do que ela tinha dito.
Situação 3 - Eu caí no conto da assinatura das revistas da editora Globo (continuo não sendo muito esperta). Dois meses antes de terminar a assinatura, já estavam me ligando pra renovar. Eu, decidida, disse que não - todas as vezes. Agora que já terminou a assinatura, recebo uma ligação por semana, mais ou menos.
A (falando muito rápido - acho que nem respirava) - Estamos com um desconto especial: você assina a Época e recebe mais SEIS revista por tanto. Temos no nosso sistema que você estava recebendo a Época, a Galileu e a Pequenas Empresas Grandes Negócios. Certo?
Eu: Sim.
A: Então, você pode escolher agora seis revistas (eu não lia nem as três de antes). Nós temos essa e essa e essa e essa e essa (e disse os nomes de todas as revistas) e a Galileu, não sei se você conhece.
Preferi não comentar nada.
Viva o telemarketing colocando mais humor no meu dia!
Situação 01 - Eu era cliente da Vivo e tinha um celular pré-pago. No auge dos meus 18 anos, com um salário de primeiro estágio, passava mais tempo sem créditos do que com.
Atendente: Nós temos aqui no sistema que você é cliente da Vivo.
Eu: Sim.
A: Então, a Claro está com uma promoção de um plano qualquer coisa, blá blá blá. Quantos reais você coloca por mês no seu celular?
Eu: ... uns 15 reais a cada três meses (tempo das vacas magras)...
A: Uhum. Bom, a Claro agradece a sua atenção. Bom dia.
Nunca mais me ligaram.
Situação 2 - Perdi meu celular (ok, também não sou muito inteligente) e liguei para a operadora (na época, Vivo) para fazer o cancelamento/suspensão da linha.
Eu: Eu perdi meu celular. Quero cancelar a linha pra ninguém usar (egoísta).
A: Só um momento... Ok, já está no sistema.
Eu: Depois, quando eu tiver um celular novo, consigo ficar com o mesmo número.
A: O celular é de chip?
Eu: Sim, m...
A: Então, é só colocar o chip no aparelho novo.
Tá, ela logo se deu conta do que ela tinha dito.
Situação 3 - Eu caí no conto da assinatura das revistas da editora Globo (continuo não sendo muito esperta). Dois meses antes de terminar a assinatura, já estavam me ligando pra renovar. Eu, decidida, disse que não - todas as vezes. Agora que já terminou a assinatura, recebo uma ligação por semana, mais ou menos.
A (falando muito rápido - acho que nem respirava) - Estamos com um desconto especial: você assina a Época e recebe mais SEIS revista por tanto. Temos no nosso sistema que você estava recebendo a Época, a Galileu e a Pequenas Empresas Grandes Negócios. Certo?
Eu: Sim.
A: Então, você pode escolher agora seis revistas (eu não lia nem as três de antes). Nós temos essa e essa e essa e essa e essa (e disse os nomes de todas as revistas) e a Galileu, não sei se você conhece.
Preferi não comentar nada.
Viva o telemarketing colocando mais humor no meu dia!
domingo, 31 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
VI
Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o Sapateiro bater sola.
Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola...
Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.
Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do meninO doente...
Mario Quintana
Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o Sapateiro bater sola.
Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola...
Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.
Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do meninO doente...
Mario Quintana
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