sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Um romance, por favor.

"Esse livro deve estar muito bom", foi o que eu disse. Quando a pessoa lê durante a aula, é porque o livro é muito bom ou a aula é muito chata. Como não era o caso da aula de ontem, deduzi que o livro fosse muito bom. O livro? "Marley & eu". Nunca li. Mas, sempre me falaram bem.
Foi essa Feira do Livro que me inspirou a escrever. Ainda não consegui chegar lá, mas pretendo. Sempre tem umas coisas boas nos saldos. Sim, nos saldos. Porque livro é algo caro. Digo assim: não é que não valha a pena, mas se eu quisesse comprar todos, iria à falência. Então, saldos. Aliás, estes dias mesmo fiz uma aquisição pra minha cultura. Comprei muuuuuitos livros por muuuuuito pouco. O problema é encontrar lugar pra guardá-los. Mas, como meus livros estão sempre espalhados por aí, não acho que será um problema muito grande.
Outra coisa que eu sou completamente a favor: "biblioteca móvel" (não consegui achar um termo melhor). Meus livros lá e os livros dos outros cá. Além de não precisar comprar, a gente pode ficar com o livro bastante tempo e depois conversar sobre ele.
Agora, alguns dados: o brasileiro lê, em média, dois livros por ano. Acredito que tem gente que não lê nenhum, porque eu leio um por mês, mais ou menos. Depende do livro.
Somente um quarto da população do Brasil entende o que lê. Que triste, não? A pessoa lê o texto e não tem a menor idéia do que se trata. E depois nos perguntamos por que essa gente escreve errado, fala errado...
Ah! Outra coisa: estou precisando ler um romance. Faz tempo que leio apenas livros técnicos. Preciso abstrair.

Por enquanto, é isso. Próximo passo: Feira do Livro.

Beijos da ruiva.

6 comentários:

Anônimo disse...

sou a favor de outra coisa: biblioteca virtual. oba.

Anônimo disse...

Quer uma dica? 'A Sombra do vento', do Carlos Ruiz Zafón. É MA_RA_VI_LHO_SO!!!

A outra dica é a 'Menina que roubava Livros, do Markus Zusak'.

Ah, e tem muito mais de onde vieram estas! Qualquer coisa é só gritar!
Beijo.

.: Guilherme Kamui :. disse...

Eu acho que vou comprar "alice in wonderlan" ou "a menina que roubava livros".

^^

:*

Anônimo disse...

já leu O perfume?

maravilhoso demais da conta. tá no meu top 5.
e achei no saldo por 5 pila numa feira do livro ae. comprei 3 daí. heheh.

Rafael disse...

É uma coisa meio 'mais do mesmo' sabe? Sei que tu me entende. hehehe :D

nhai nhai.
comprei alguns na livro, e pretendo pegar mais alguns!
vale a gente sentar e conversar :D
hehehehe

beeeeeeeeijos, ruivalinda ^^

Anônimo disse...

Na verdade, este é um tema bem mais complexo do que se imagina. Infelizmente é um dado estatístico real e certo. Um dado triste, um dado relevante e um dado que podemos dizer ser "uma pedra no sapato" e um "soco no estômago" de pais, educadores, de todos nós.
Quem afinal exerce este pepal cidadão de proporcionar o universo da leitura a esta população brasileira que padece de fome do alimento e do saber?
O fato não é nem saber ler e escrever, o que é tratado em nossa educação como um requisito fundamental para avçar na vida escolar e "ser" cidadão.
mas o que realmente nos faz "cidadãos"?
Ler e escrever é básico na escola básica. Redundante? Óbvio?
Não parece.
Alfabetizados é o que são. Letrados é o que precisam ser.
Durante muito tempo na história do Brasil - uma história aliás bem recente - fomos castrados no ato de ler. Livros eram considerados "perigosos" para a formação da índole dos indivíduos. Alguns autores como "Machado de Assis" então, considerados desvirtuadores da juventude.
Ah, não posso esquecer de citar o período da ditadura militar.
Enquanto os museus e as bibliotecas encerrarem em si o conceito de "mauzoléu", mais barreiras serão erguidas.
Enquanto o monopólio das editoras continuar ditando o que devemos ler, o que "está na moda", o que é chique ler e consumir desvairadamente, não poderemos frear este processo "perverso" de "aculturação" de massa.
è como dizem: somos uma gora no imenso e profundo oceano... Será?
Eu entendo o que eu leio, eu compreendo o que eu leio, eu sou livre para pensar...
Dar às crianças e aos jovens esta possibilidade é papel de quem?
E será que estas pessoas a quem cabe este papel estão preparadas?
Devidamente preparadas?
Elas próprias não sofrem deste mal?
Então não estamos cansados de encontrar comentários do tipo:
- Ah, mas eu sou professor de matemática... o que eu tenho a ver com este texto que é mais para a Geografia?
Ou ainda:
- Eu não tenho obrigação de corrigir estas baboseiras ortográficas. Isso certamente é função do professor de Português.
...LASTIMÁVEL...
Mas ainda e com freqüência, para não dizer, em VERDADEIRA ABUNDÂNCIA, encontramos "isto" todos os dias.
QUANDO ISSO VAI MUDAR?
Quando aprenderemos a ver as pessoas como tais, antes de as vermos como máquinas receptoras de conhecimento?
Dar o direito a escolha da leitura. O direito de dizer não. O direito de ter a preferência literária...
...começa em casa, na escola.
Proporcionar a diversidade, proporcionar as vivências, experiências, tornar a leitura um hábito, permitir às criança "deitar e rolar" com as palavras, sonhar com os contos de fadas. Ao Jovem, aventurar-se num gostoso "romance"... "por favor"!
Num texto que li recentemente, intitulado "LEITURA E ESCRITA SÃO TAREFAS DA ESCOLA E NÃO SÓ DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS", de Paulo Coimbra Guedes e Jane Mari de Souza, a abordagem deste processo é bem enfático, agudo e incisivo quando afirma que a leitura e a escrita, uma vez que fazem parte do processo de ensinar a ler e a escrever, sobretudo interpretar e compreender o que se lê e escreve, não cabem com exclusividade à disciplinas da área de português. Que cada professor não está preso somente a textos e informações de sua área, mas que estes devem cuidar da escrita e da leitura de seus alunos como um todo, pois estão na posição de formadores de sujeitos que devem ser participantes e produtores de cultura. O professor, seja ele de matemática ou de história, ou ainda de qualquer outra disciplina tem, antes de tudo, a responsabilidade de ensinar, independente dos conteúdos que ministra. Antes dos conteúdos que ministra, vem a formação do indivíduo como um todo, que será capaz de ler o mundo a sua volta e compreender os assuntos mais diversos, inclusive os conteúdos específicos. Antes de ser um professor de geografia, história, matemática ou outro qualquer, é um educador, e como tal, deve preocupar-se com o aluno como um todo e não somente aos conteúdos que lhe cabem.
A MUDANÇA ESTÁ EM NÓS.
É NOSSO PAPEL. É O QUINHÃO DE CADA UM. É A PARTE QUE NOS CABE.
Se você sabe disso, divulgue, se você ouviu falar, divulgue, fale a todos, ponha "boca no trombone",
Sempre há o que fazer, sempre existe um caminho a seguir e isso deve começar com cada um de nós, em nosso lugar, a nossa volta, em casa, na escola, na faculdade.
NÓS SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS!!!!
UFA!!!!!
è isso!
Super beijo.