Pela janela irrompe a delicada criatura,
flutuando na brisa da primavera.
Dança num ritmo só seu.
Rodopia suavemente,
ignorando os solavancos.
Majestosa, cria seu próprio balanço,
passa despercebida pelas pessoas
enterradas em suas vidas.
Ninguém vê, ninguém se importa.
Atrai apenas o olhar
desta humilde observadora.
Como veio, se foi.
Ficou a esperança no vagão.
E as pessoas sequer notaram
a encantadora brincadeira no ar.
Passam as estações.
Passam os olhares.
Passam vidas.
Sem vida.
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2 comentários:
a barbuletcheenha
Que vida essa do trem...
Hoje te vi vagando pelas formas que se formavam na luz que entrava pelas janelas do trem...
Não sei se deveria interromper tua mente... Que naquele instante estava longe...
Já tinha te visto outros dias, mas também... não sabia se deveria interromper...
Espero te ver mais vezes no trem...!
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