segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Poema doce
- Vocês já comeram um poema alguma vez? - disse a moça, segurando uma tigela com algumas folhas escritas, um talher e um ar de garçonete.
- Não... - respondi. - Não que eu me lembre.
A moça riu.
- Vai saber? Eu já comi papel quando era criança.
Aí, ela nos ofereceu um poema para degustar... literalmente. Até era docinho, mas ainda tinha um gostinho de papel. Não sei se era só pelo fator psicológico.
Além desse tipo de coisas, a programação da feira do livro tem muitas coisas interessantes este ano. Também tomei um café de graça (e só porque era de graça) e quase derreti de calça jeans no calor.
Pra ser sincera, ainda não vasculhei os livros da feira. Na verdade, tem tanta coisa que dá até preguiça de começar.
Passei também na bienal, no prédio do Margs. Bienal é bom pra ir em grupo, com pessoas bem divertidas, pra rir bastante.
Hoje, vindo pra casa de trem, vi um poema e, como estamos em clima de literatura, reproduzo-o abaixo:
Do coração
Sentou-se, no ônibus, ao lado de um desconhecido
E foram felizes para sempre.
Gabriela Cantergi
Aproveito para colocar mais um Poema no Trem que eu achei bem legal e também fala destes encontros casuais no transporte coletivo:
PASSAGEIRO AMOR
O ônibus frenou na parada
E ela entrou na condução
Quedou-se ao lado sentada
E conquistou meu coração
Passageira linda e formosa
Moça prendada de tez bonita
Experimentei galante prosa
Deixando-a séria , muito aflita
Assustada e muito nervosa
Avisou: por favor, não insista
Falando baixinho e medrosa:
Meu marido é o motorista
Alcir Nicolau Pereira
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