VI
Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o Sapateiro bater sola.
Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola...
Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.
Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do meninO doente...
Mario Quintana
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3 comentários:
Gostei deste poema, nunca havia lido, parabéns pelo blog, nos transparece cultura.
Virei seu seguidor, quero ler mais o seu blog
Diego Elias
http://portifoliogradfisica.blogspot.com
Oi Raquel,
Mario Quintana é maravilhoso
e sempre oportuno.
Boa semana pra vc
Beijo
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