A chuva mais linda que já se viu;
caiu em riscos amarelos
e formou um tapete macio.
O maior tapete que já existiu;
cobria a rua de um lado ao outro,
por todo o comprimento.
A rua mais serena que já andei;
O caminho mais tranquilo que percorri.
Uma ilha de paz na cidade grande.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
domingo, 28 de agosto de 2011
Pérolas do Telemarketing
Enquanto algumas pessoas ficam brabas e xingam, eu me divirto com o telemarketing e atendimento ao cliente. Fora aquela do atendente pedindo pra falar com a minha mãe ou meu pai, eis algumas situações (talvez, não exatamente com essas palavras):
Situação 01 - Eu era cliente da Vivo e tinha um celular pré-pago. No auge dos meus 18 anos, com um salário de primeiro estágio, passava mais tempo sem créditos do que com.
Atendente: Nós temos aqui no sistema que você é cliente da Vivo.
Eu: Sim.
A: Então, a Claro está com uma promoção de um plano qualquer coisa, blá blá blá. Quantos reais você coloca por mês no seu celular?
Eu: ... uns 15 reais a cada três meses (tempo das vacas magras)...
A: Uhum. Bom, a Claro agradece a sua atenção. Bom dia.
Nunca mais me ligaram.
Situação 2 - Perdi meu celular (ok, também não sou muito inteligente) e liguei para a operadora (na época, Vivo) para fazer o cancelamento/suspensão da linha.
Eu: Eu perdi meu celular. Quero cancelar a linha pra ninguém usar (egoísta).
A: Só um momento... Ok, já está no sistema.
Eu: Depois, quando eu tiver um celular novo, consigo ficar com o mesmo número.
A: O celular é de chip?
Eu: Sim, m...
A: Então, é só colocar o chip no aparelho novo.
Tá, ela logo se deu conta do que ela tinha dito.
Situação 3 - Eu caí no conto da assinatura das revistas da editora Globo (continuo não sendo muito esperta). Dois meses antes de terminar a assinatura, já estavam me ligando pra renovar. Eu, decidida, disse que não - todas as vezes. Agora que já terminou a assinatura, recebo uma ligação por semana, mais ou menos.
A (falando muito rápido - acho que nem respirava) - Estamos com um desconto especial: você assina a Época e recebe mais SEIS revista por tanto. Temos no nosso sistema que você estava recebendo a Época, a Galileu e a Pequenas Empresas Grandes Negócios. Certo?
Eu: Sim.
A: Então, você pode escolher agora seis revistas (eu não lia nem as três de antes). Nós temos essa e essa e essa e essa e essa (e disse os nomes de todas as revistas) e a Galileu, não sei se você conhece.
Preferi não comentar nada.
Viva o telemarketing colocando mais humor no meu dia!
Situação 01 - Eu era cliente da Vivo e tinha um celular pré-pago. No auge dos meus 18 anos, com um salário de primeiro estágio, passava mais tempo sem créditos do que com.
Atendente: Nós temos aqui no sistema que você é cliente da Vivo.
Eu: Sim.
A: Então, a Claro está com uma promoção de um plano qualquer coisa, blá blá blá. Quantos reais você coloca por mês no seu celular?
Eu: ... uns 15 reais a cada três meses (tempo das vacas magras)...
A: Uhum. Bom, a Claro agradece a sua atenção. Bom dia.
Nunca mais me ligaram.
Situação 2 - Perdi meu celular (ok, também não sou muito inteligente) e liguei para a operadora (na época, Vivo) para fazer o cancelamento/suspensão da linha.
Eu: Eu perdi meu celular. Quero cancelar a linha pra ninguém usar (egoísta).
A: Só um momento... Ok, já está no sistema.
Eu: Depois, quando eu tiver um celular novo, consigo ficar com o mesmo número.
A: O celular é de chip?
Eu: Sim, m...
A: Então, é só colocar o chip no aparelho novo.
Tá, ela logo se deu conta do que ela tinha dito.
Situação 3 - Eu caí no conto da assinatura das revistas da editora Globo (continuo não sendo muito esperta). Dois meses antes de terminar a assinatura, já estavam me ligando pra renovar. Eu, decidida, disse que não - todas as vezes. Agora que já terminou a assinatura, recebo uma ligação por semana, mais ou menos.
A (falando muito rápido - acho que nem respirava) - Estamos com um desconto especial: você assina a Época e recebe mais SEIS revista por tanto. Temos no nosso sistema que você estava recebendo a Época, a Galileu e a Pequenas Empresas Grandes Negócios. Certo?
Eu: Sim.
A: Então, você pode escolher agora seis revistas (eu não lia nem as três de antes). Nós temos essa e essa e essa e essa e essa (e disse os nomes de todas as revistas) e a Galileu, não sei se você conhece.
Preferi não comentar nada.
Viva o telemarketing colocando mais humor no meu dia!
domingo, 31 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
VI
Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o Sapateiro bater sola.
Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola...
Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.
Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do meninO doente...
Mario Quintana
Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o Sapateiro bater sola.
Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola...
Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.
Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do meninO doente...
Mario Quintana
Semana Mario Quintana
DATA E DEDICATÓRIA
Teus poemas, não os dates nunca... Um poema
Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho,
Se existe hora, é sempre a hora extrema
Quando o Anjo Azrael nos estende ao sedento
Lábio o cálice inextinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez nem tenha ainda nascido,
Dedica, pois, teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso...
Mario Quintana
Teus poemas, não os dates nunca... Um poema
Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho,
Se existe hora, é sempre a hora extrema
Quando o Anjo Azrael nos estende ao sedento
Lábio o cálice inextinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez nem tenha ainda nascido,
Dedica, pois, teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso...
Mario Quintana
sábado, 30 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
O MAPA
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(É nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Mario Quintana
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(É nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Mario Quintana
Semana Mario Quintana
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
DOS MUNDOS
Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto não gostou lá muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.
DA DISCRIÇÃO
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
Mario Quintana
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
DOS MUNDOS
Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto não gostou lá muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.
DA DISCRIÇÃO
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
Mario Quintana
Semana Mario Quintana
O TERRÍVEL INSTANTE
Antes de escrever, eu olho, assustado, para a página branca de susto.
Mario Quintana
Antes de escrever, eu olho, assustado, para a página branca de susto.
Mario Quintana
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
OS POEMAS
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana
Semana Mario Quintana
O TRÁGICO DILEMA
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.
Mario Quintana
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.
Mario Quintana
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Mario Quintana
Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Mario Quintana
Semana Mario Quintana
Canção da garoa
Em cima do telhado
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.
O relógio vai bater:
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
Fica olhando para mim.
E chove sem saber porquê
E tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...
Mario Quintana
Ps.: Hoje, chove em Porto Alegre.
Em cima do telhado
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.
O relógio vai bater:
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
Fica olhando para mim.
E chove sem saber porquê
E tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...
Mario Quintana
Ps.: Hoje, chove em Porto Alegre.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
HISTÓRIA EDIFICANTE
Era uma vez duas pulguinhas que passaram a vida inteira
economizando e compraram um cachorro só para elas.
Mario Quintana
(Esse eu conheci hoje. Adorei!)
Era uma vez duas pulguinhas que passaram a vida inteira
economizando e compraram um cachorro só para elas.
Mario Quintana
(Esse eu conheci hoje. Adorei!)
Semana Mario Quintana
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!
Mario Quintana
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!
Mario Quintana
Semana Mario Quintana
EU ESCREVI UM POEMA TRISTE
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
Mario Quintana
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
Mario Quintana
terça-feira, 26 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
A Rua dos Cataventos
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Mario Quintana
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Mario Quintana
Semana Mario Quintana
BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mario Quintana
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mario Quintana
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Semana Mario Quintana
No dia 30 de julho de 1906, nasceu Mario Quintana, em Alegrete, RS. Baita escritor, ganhou uma casa de cultura com o seu nome em Porto Alegre, no prédio que era o hotel onde ele morou.
Gosto demais do trabalho dele, do sarcasmo, da melancolia, da comédia.
Tem um poeminha muito conhecido dele, o "Poeminho do contra", que é assim:
"Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!"
Descobri isto:
O fato de não ter ocupado uma vaga na Academia Brasileira de Letras só fez aguçar seu conhecido humor e sarcasmo. Perdida a terceira indicação para aquele sodalício, compôs o conhecido "Poeminho do contra".
(Retirado de: http://www.releituras.com/mquintana_bio.asp)
Taí uma coisa que eu não sabia.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Para o dia do amigo
Reza a lenda que este textinho é do Machado de Assis (adoro). Gostei. Mando para os amigos (sejam reais, virtuais ou imaginários).
BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Descobri a fonte da juventude
- Boa noite, é da casa do seu Mario? (não ri, é o nome do meu pai)
- Sim, boa noite.
- Aqui é doraio que o parta banco tal e ele ganhou um cupom para pagar um monte de taxas ser feliz. Você é o que dele?
- Filha.
- Ah. A sua mãe está em casa?
Pronto. Tenho 8 anos de novo.
- Sim, boa noite.
- Aqui é do
- Filha.
- Ah. A sua mãe está em casa?
Pronto. Tenho 8 anos de novo.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Aos amigos
Imagem de: http://www.rodrigoguimaraes.com.br/blog/?p=225
Quem me lê,
lê um pouco de mim;
lê aqui meus pedaços
bordados em cetim.
Cantinhos da alma
timidamente mostrados,
desabafos
feitos em recados.
As falas avulsas
encontram amigos;
um estímulo,
um abrigo.
Eu me perco
e me encontro.
Eu me entrego
de pronto.
Com carinho.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Feliz ano novo
Hoje, meu é o primeiro dia do meu ano (final do meu dia, à propósito). Hoje, começa mais um ano pra mim.
Acho um pouco estranho contar a idade. Ter 23 não é diferente de ter 22. Então, não, não estou me sentindo mais velha hoje.
Tem várias coisas com o número 23 (filme, teorias e afins) e, pensando, sempre fui simpatizante do número. Acho que vai ser um bom ano.
E pro meu ano, escolhi o Salmo 23:
O Senhor é meu Pastor,
Nada me faltará.
Ele me faz repousar em pastos verdejantes,
Leva-me para junto das águas de descanso,
Restaura minha alma.
Guia-me nas veredas da Justiça
Por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
Não temerei nenhum mal
Porque Tu estás comigo.
O teu bordão e o teu cajado me consolam.
Preparas-me uma mesa na presença de meus adversários,
Unges-me a cabeça com óleo
E meu cálice transbordará.
Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida
E habitarei na casa do Senhor
Para todo o sempre.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Poeminha de outono
A folha,
na hora da morte,
se jogou lá do alto;
abriu um sorriso
e deu seu salto.
A folha bailarina
foi descendo aos pulinhos,
caindo devagarinho.
Não se segurou em nada;
foi deitar no chão
a folha alada.
na hora da morte,
se jogou lá do alto;
abriu um sorriso
e deu seu salto.
A folha bailarina
foi descendo aos pulinhos,
caindo devagarinho.
Não se segurou em nada;
foi deitar no chão
a folha alada.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Da vez que eu entendi a diferença entre meninos e meninas
Tem um dia nas nossas vidas que descobrimos que meninos e meninas são diferentes. Deste dia eu não lembro. E tem outro dia que nós entendemos esta diferença. Isto aconteceu comigo quando eu tinha uns 14 anos (sempre meio retardada).
Foi numa aula de inglês, quando o assunto eram hábitos (não sei por quê entramos neste assunto). O professor falou que tinha coisas que só meninos faziam, como tirar tatu do nariz. Eu, que não era muito feminina, disse que eu também tirava tatu do nariz. Pronto. Um clima de desaprovação se instaurou na sala. Foi ali, naquele momento que eu entendi que meninos era diferentes de meninas. Então, eu logo remendei "depois, eu lavo as mãos". Mas, os meninos não lavam as mãos; colocam debaixo da cadeira, jogam no chão, essas coisas. E foi assim que eu entendi que meninos podem ser nojentos e meninas devem ser limpinhas.
Pensando em tudo isso, agora vejo como a diferença entre sexos é muito menos biológica e muito mais cultural; que meninas são criadas de forma diferente dos meninos e quando alguém foge ao padrão é publicamente ridicularizado. Sei, está pensando "isso é óbvio"! É claro que é. Mas, por que existe tanta diferença? Será pelos motivos mais primitivos de reprodução?
Existe muito para discutir sobre a divisão cultural dos sexos, e acho que será uma discussão sem fim.
Foi numa aula de inglês, quando o assunto eram hábitos (não sei por quê entramos neste assunto). O professor falou que tinha coisas que só meninos faziam, como tirar tatu do nariz. Eu, que não era muito feminina, disse que eu também tirava tatu do nariz. Pronto. Um clima de desaprovação se instaurou na sala. Foi ali, naquele momento que eu entendi que meninos era diferentes de meninas. Então, eu logo remendei "depois, eu lavo as mãos". Mas, os meninos não lavam as mãos; colocam debaixo da cadeira, jogam no chão, essas coisas. E foi assim que eu entendi que meninos podem ser nojentos e meninas devem ser limpinhas.
Pensando em tudo isso, agora vejo como a diferença entre sexos é muito menos biológica e muito mais cultural; que meninas são criadas de forma diferente dos meninos e quando alguém foge ao padrão é publicamente ridicularizado. Sei, está pensando "isso é óbvio"! É claro que é. Mas, por que existe tanta diferença? Será pelos motivos mais primitivos de reprodução?
Existe muito para discutir sobre a divisão cultural dos sexos, e acho que será uma discussão sem fim.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Surpresa
Tem pessoas que nos surpreendem. Quando menos esperamos, elas chegam e mudam o nosso dia – e a nossa opinião sobre elas. Gosto dessas surpresas; fazem-me refletir sobre conceitos, imagens, personalidades.
Você está bem concentrado no seu trabalho e, de repente, chega um colega e lhe dá um doce, faz uma piadinha inocente e vai embora. Tudo muito rapidamente. Antes que você possa agradecer, seu colega já está longe, falando com outra pessoa. Alguns instantes depois, você ainda está parada, olhando para o doce (que você gosta muito) e pensando: “o que será que eu fiz pra merecer isto?”
Enquanto você come o doce, continua pensando sobre o gesto sincero e, aos poucos, um pedacinho do seu mundo muda: você conhece um pouco mais o seu colega, sua fé nas pessoas cresce um tantinho, o suficiente para seu dia melhorar, para o trabalho não ficar tão pesado.
Agora, você já não acha mais que o seu colega possa ter algo contra você, porque aquela coisinha pequenininha que aconteceu revela uma grande parcela do outro.
Não sei exatamente como isto acontece, mas um acontecimento tão pequeno pode mesmo mudar muito o nosso universo. Talvez pela surpresa causada, adicionada ao processo que já acontecia dentro de nós.
Pode parecer besteira, mas mexeu demais comigo.
Você está bem concentrado no seu trabalho e, de repente, chega um colega e lhe dá um doce, faz uma piadinha inocente e vai embora. Tudo muito rapidamente. Antes que você possa agradecer, seu colega já está longe, falando com outra pessoa. Alguns instantes depois, você ainda está parada, olhando para o doce (que você gosta muito) e pensando: “o que será que eu fiz pra merecer isto?”
Enquanto você come o doce, continua pensando sobre o gesto sincero e, aos poucos, um pedacinho do seu mundo muda: você conhece um pouco mais o seu colega, sua fé nas pessoas cresce um tantinho, o suficiente para seu dia melhorar, para o trabalho não ficar tão pesado.
Agora, você já não acha mais que o seu colega possa ter algo contra você, porque aquela coisinha pequenininha que aconteceu revela uma grande parcela do outro.
Não sei exatamente como isto acontece, mas um acontecimento tão pequeno pode mesmo mudar muito o nosso universo. Talvez pela surpresa causada, adicionada ao processo que já acontecia dentro de nós.
Pode parecer besteira, mas mexeu demais comigo.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Manual do bebê
quinta-feira, 17 de março de 2011
Não acredito em 2012, mas que ele existe, ele existe
Frase de um amigo meu em conversa sobre o Japão. Adicione-se a isso as enchentes em todo o Brasil, os deslizamentos no Rio, as nevascas; sem contar todas as outras notícias dos anos anteriores. Parece que todo ano aumentam as catástrofes. Este ano, particularmente, os problemas causados pelas chuvas aumentaram em número. E estamos recém em março! Tudo bem, é a época mais chuvosa. Mas, já aconteceu tudo isso em apenas três meses.
Pra falar a verdade, não estou exatamente informada sobre esse negócio de 2012. Tudo o que eu sei foi ouvindo conversas e lendo algumas coisas na internet. Nem assisti o tal filme. Mesmo assim, acho que o fim do mundo não tarda (porque acredito num fim para este mundo, ou para como o conhecemos hoje). Se as coisas forem ficando cada vez piores, não acho que vamos resistir por muito tempo. E não adianta descambar a fazer filho por aí; esses eventos levam quem estiver no caminho.
E veja só, também não posso acreditar que todas estas coisas não tenham a ver com a intervenção humana. Mesmo que os terremotos, os deslizamentos, as enchentes e tudo o mais existam há milhares de anos, a forma como o homem se relaciona com isso transforma-se constantemente. Seja construindo casas num barranco, seja interferindo no ambiente, seja fazendo de tudo um escândalo rentável.
O certo (?) é que haverá um final. Nem que seja para a raça humana. Talvez seja em 2012; o mundo já está desmoronando...
Pra falar a verdade, não estou exatamente informada sobre esse negócio de 2012. Tudo o que eu sei foi ouvindo conversas e lendo algumas coisas na internet. Nem assisti o tal filme. Mesmo assim, acho que o fim do mundo não tarda (porque acredito num fim para este mundo, ou para como o conhecemos hoje). Se as coisas forem ficando cada vez piores, não acho que vamos resistir por muito tempo. E não adianta descambar a fazer filho por aí; esses eventos levam quem estiver no caminho.
E veja só, também não posso acreditar que todas estas coisas não tenham a ver com a intervenção humana. Mesmo que os terremotos, os deslizamentos, as enchentes e tudo o mais existam há milhares de anos, a forma como o homem se relaciona com isso transforma-se constantemente. Seja construindo casas num barranco, seja interferindo no ambiente, seja fazendo de tudo um escândalo rentável.
O certo (?) é que haverá um final. Nem que seja para a raça humana. Talvez seja em 2012; o mundo já está desmoronando...
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Incrível!
Às vezes, no intervalo de almoço, eu sento no sofá para assistir TV. Alguns canais não pegam muito bem e outros não têm programação interessante - nesse horário, passa muita coisa sobre esportes. Então, frequentemente eu vou trocando de canal na esperança de encontrar alguma coisa legal.
Acontece que tem um canal que passa aqueles comerciais da Polishop. Eu nunca prestei atenção em que canal é, mas acabo assistindo os tais comerciais. Por pura diversão. Depois de alguns minutos começa a ficar repetitivo, daí a gente tira o som da TV e dubla as pessoas.
Num desses dias, eu estava bem sentada brincando de "Nossa! É tudo o que eu sempre quis!", enquanto eles apresentavam o turbo action, a tal máquina que limpa com vapor, e o cara me larga a seguinte frase em rede nacional:
- Ele tira a sujeira e as suas dúvidas!
Minha nossa! Preciso de um desses urgentemente. Imagina o que seria levar um nos dias de prova? Absolutamente necessário.
Por isso que as pessoas não acreditam mais nisso. Ou será que acreditam?
Acontece que tem um canal que passa aqueles comerciais da Polishop. Eu nunca prestei atenção em que canal é, mas acabo assistindo os tais comerciais. Por pura diversão. Depois de alguns minutos começa a ficar repetitivo, daí a gente tira o som da TV e dubla as pessoas.
Num desses dias, eu estava bem sentada brincando de "Nossa! É tudo o que eu sempre quis!", enquanto eles apresentavam o turbo action, a tal máquina que limpa com vapor, e o cara me larga a seguinte frase em rede nacional:
- Ele tira a sujeira e as suas dúvidas!
Minha nossa! Preciso de um desses urgentemente. Imagina o que seria levar um nos dias de prova? Absolutamente necessário.
Por isso que as pessoas não acreditam mais nisso. Ou será que acreditam?
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Quinta tem festa
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Das limitações
Muro de pedra
na minha janela,
tapa a vista
da minha ruela.
Paisagem pobre,
pouco admirada,
dessa realidade
por todos rejeitada.
Cinza cor
de uma estampa qualquer;
gaiola de cimento
não me deixa ver,
não deixa inspirar,
tampouco, entender.
na minha janela,
tapa a vista
da minha ruela.
Paisagem pobre,
pouco admirada,
dessa realidade
por todos rejeitada.
Cinza cor
de uma estampa qualquer;
gaiola de cimento
não me deixa ver,
não deixa inspirar,
tampouco, entender.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Fim de ano, praia e Gabriel
Mesmo sabendo da tranqueira que me aguardava, peguei o ônibus e passei o feriado com a família, na praia. Tive também a agradável companhia de um homem que me diverte, tem muito jeito com as palavras e fala de amor. O Gabriel me falou sobre amor e velhice. A propósito, a maneira como ele desenha a velhice me dá vontade de ter uma assim. Ele encara como um estado quase superior do ser humano, em que há entendimento, em que a pessoa tem autoridade sobre si mesma e ainda há busca pela felicidade (com muito mais esclarecimento). É como se a vida não estivesse prestes a terminar; é como se houvesse uma vida toda pela frente, com a vantagem de se ter muito mais experiência e liberdade.
Foi assim, um caso de fim de semana, com o título "Memórias de minhas putas tristes". Mas, já o conhecia. Meses atrás, apaixonei-me com o romance "O amor nos tempos do cólera". Este foi um relacionamento mais longo, mas não menos intenso. Notei algumas semelhanças entre os protagonistas: ambos apaixonados, mulherengos, solitários, cultuando sua amada e preservando um santuário para ela. Isso sem falar no profundo conhecimento de "xinaredos" que eles têm. Tantas são as semelhanças que eu só posso acreditar que tenham embasamento na vida do próprio autor (vai saber...).
Buscarei outros títulos deste homem, pois também estou apaixonada... por estas narrativas, pela palavras. Oxalá um dia minhas palavras sejam boas assim.
Foi assim, um caso de fim de semana, com o título "Memórias de minhas putas tristes". Mas, já o conhecia. Meses atrás, apaixonei-me com o romance "O amor nos tempos do cólera". Este foi um relacionamento mais longo, mas não menos intenso. Notei algumas semelhanças entre os protagonistas: ambos apaixonados, mulherengos, solitários, cultuando sua amada e preservando um santuário para ela. Isso sem falar no profundo conhecimento de "xinaredos" que eles têm. Tantas são as semelhanças que eu só posso acreditar que tenham embasamento na vida do próprio autor (vai saber...).
Buscarei outros títulos deste homem, pois também estou apaixonada... por estas narrativas, pela palavras. Oxalá um dia minhas palavras sejam boas assim.
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