segunda-feira, 2 de junho de 2008

O mundo é meu

Alguém disse que, no Brasil, o espaço público é um lugar de ninguém e não um lugar de todos, como deveria ser. O que essa pessoa quis dizer é que ninguém se preocupa com um lugar que é seu. Acontece que as pessoas parecem não entender que este é um espaço delas. Pensam que seu espaço termina nos limites da sua propriedade. Pois lhes digo que o espaço público também é seu. A calçada que eu caminho também é minha; o orelhão também é meu; os bancos, as lâmpadas, as praças, as árvores, tudo isto é meu.
Vamos pensar o seguinte: eu moro numa casa. Esta casa está num bairro de uma cidade que, por sua vez, ocupa um lugar no estado que faz parte de um país e todos os países formam o mundo. Portanto, o mundo inteiro é minha casa. Não seria óbvio, seguindo esta lógica, que eu cuidasse do mundo como cuido da minha casa?
Vocês podem dizer “mas tem tanta gente que pode cuidar” ou “mas a minha casa eu cuido do jeito que eu quero” e eu respondo: o mundo é como uma casa onde vive bastante gente. Cada um faz uma tarefa e ajuda os outros, porque a casa também é sua. Entra-se em consenso de como fazer as coisas para que todos fiquem satisfeitos. E todos sabem que, se cada um fizer a sua parte, a casa vai melhorar e progredir.
Acredito que com o mundo também funcione desta forma. Com cada um fazendo sua parte o mundo só pode melhorar e progredir. Assim, posso concluir que o mundo é meu e eu sou responsável por ele.

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